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Urucum
Bixa orellana

urucum

Conheça o Urucum – Para que serve e propriedades

 

  O urucum pode ser encontrado principalmente na América do Sul, Caribe e outras áreas onde o clima é tropical ou subtropical.

 Conhecemos o urucum graças aos índios, que usavam sua semente para pintar o corpo com a tinta vermelha. A erva também é muito usada em batons, e por conta disso, também é conhecida por árvore batom. Além disso, o urucum também é usado em indústrias de cosméticos e serve como corante natural para alimentos. No entanto, seus benefícios dele vão muito além, inclusive por conta de suas inúmeras propriedades benéficas para a saúde.

 

 Alguns dos benefícios do urucum que mais chamam a atenção incluem a sua capacidade de promover uma boa digestão, fortalecer ossos, diminuir febres, ajudar na cura de algumas doenças, ajudar na saúde dos olhos, eliminar dores de cabeça, reduzir náuseas, entre outros.

 

Para que serve e quais são suas propriedades?

 A erva é utilizada há milhares de anos para curar e prevenir doenças graves e até mesmo aquelas com menos riscos de saúde. Por conta disso, o urucum é considerada por muitos a erva do futuro.

 A parte mais usada do urucum é vinda de suas sementes. Muitos não sabem, mas com certeza já comeram ou comem o urucum com frequência, pois ele é muito usado como corante natural nos alimentos; isso inclui queijos, manteigas, margarinas, bolos, bolachas, lanches, cereais, entre outros.

 Já suas folhas possuem inúmeras propriedades medicinais, principalmente para a cura de doenças.

 A cor do urucum se dá devido ao alto índice de bixina. Bixinas são ricas em carotenoides que também são encontrados em cenouras. O urucum possui entre 70% a 80% de bixina em sua composição. Uma curiosidade interessante é que quanto mais brilhante a mistura, mais contem bixina.

urucum

Benefícios do urucum para a saúde:

►  Visão saudável

 Um dos benefícios do urucum mais poderosos advindos de seu alto índice de carotenoides é a habilidade de proteger os olhos contra raios UV. Além disso, ele funciona como um antioxidante para o sistema ocular, prevenindo cataratas e protelando a degeneração macular, mantendo a visão forte por anos e ajudando na prevenção de doenças oculares mais graves.

 

►  Contra envelhecimento

 Os carotenoides presentes no urucum também são ótimos antioxidantes. Outros compostos orgânicos como tocotrienois também têm a função antioxidante e funcionam em outras partes do corpo; por conta disso, o urucum é muito usado para o tratamento de pele.

 Os antioxidantes previnem os sinais de envelhecimento lutando contra os radicais livres que destroem as células. 

 

 Alguns estudos ainda mostram que pessoas que comem carotenoides vindos de alimentos naturais como o urucum sofrem menos doenças crônicas e vivem mais tempo do que os que não o consomem.

 Uma boa dica para quem procura uma solução antienvelhecimento seria a pasta de urucum que é feita de sementes e pode ser aplicada para reduzir sinais de rugas, manchas e outras imperfeições da pele.

► Anticâncer

 Outro carotenoide encontrado na semente do urucum é a norbixina, que também é um antioxidante. Em pesquisas já realizadas, descobriu-se que a norbixina tem papel antimutagênico em células saudáveis expostas às células cancerígenas e radicais livres. Com isso, a prevenção de diversos tipos de cânceres pode ser mais um dos benefícios do urucum para a saúde.

► Ossos fortes

 O urucum tem o poder de manter os ossos fortes devido à quantidade significativa de cálcio. Por isso, ele se torna importante para quem quer complementar a quantidade de cálcio diária recomendada. Vale lembrar que a osteoporose pode afetar qualquer pessoa, fazendo com que o mineral seja crucial na alimentação diária.

 

 

► Previne defeitos congênitos

 A alta quantidade de ácido fólico é responsável por diversos benefícios do urucum para a saúde, entre eles a prevenção de defeitos do tubo neural em recém-nascidos.

Por conta disso, mulheres grávidas devem aumentar a ingestão de ácido fólico para ajudar na prevenção dessa condição.

Urucum em pó

► Efeito cicatrizante

 

 Em casos de queimaduras, feridas ou irritação na pele, a pasta de semente do urucum pode ser aplicada para acelerar a cicatrização e reduzir a aparência da cicatriz.

 

 

► Anti-inflamatório

 

 As folhas do urucum possuem propriedades anti-inflamatórias. Uma dica é fazer uma mistura de folhas de urucum e álcool e aplicar em queimaduras, cortes, e feridas da pele.

 Também é possível utilizar para ajudar na cura de infecções vaginais.

 

 

►  Menor risco de ataque cardíaco

 

 As folhas podem trazer uma série de benefícios do urucum para saúde. Elas são uma das fontes mais ricas em tocotrienois, que limitam a capacidade do fígado de produzir o colesterol LDL, o mau colesterol, o tipo que pode entupir as artérias e causar ataques cardíacos.

 

 

► Melhor digestão

 

 Devido ao alto índice de fibras presentes na semente e nas suas folhas, há excelentes benefícios do urucum para a digestão, promovendo uma melhor absorção dos nutrientes no organismo. As fibras também ajudam a diminuir o colesterol e controlar a diabetes, que pode ajudar também a equilibrar os níveis de insulina e glicose no sangue.

 

 

► Ajuda na perda de peso

 

 Por possuir substâncias diuréticas, o urucum pode ser considerado um bom ajudante na perda de peso.

Outro fator que contribui para a perda de peso é o fato de ele equilibrar a insulina no sangue, e consequentemente baixar a glicose sanguínea, reduzindo assim a gordura corporal.

Urucum

► Alívio de dores no estômago

 

 O urucum é frequentemente utilizado para o tratamento de azias e outros desconfortos causados por infecções virais ou ocasionados somente por comidas mais apimentadas.

Utilizando na medida certa

Muitos estudos ainda são realizados com a erva. A cada dia que passa, mais benefícios do urucum são descobertos para o ser humano.

 Como vimos anteriormente, não é somente a semente que oferece os benefícios do urucum, suas folhas também. Quando fervidas com água podem ser um ótimo anti-inflamatório, tratar feridas, infecções, reduzir o colesterol, diminuir pressão arterial e outros problemas.

 A melhor dica seria fazer um chá com 8 a 12 folhas de urucum em um litro de água por 12 minutos; em seguida, deixe esfriar e beba 3 copos uma vez ao dia.

 Outra forma de ingerir o urucum seria em cápsulas ou sementes integrais que você pode encontrar em feiras locais, lojas de produtos naturais ou lojas de especiarias em geral.

Mesmo com diversos benefícios, há alguns casos de pessoas que relataram reações alérgicas ao urucum. Vale lembrar ainda que caso você vá passar por uma cirurgia futuramente, evite o urucum, pois ele pode afetar os níveis de açúcar no sangue. Da mesma maneira, mesmo com benefícios para mulheres grávidas, é necessária supervisão médica para prescrever a quantidade exata para cada caso.

Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

Introdução
Os Benefícios
Receita - Chá

O chá de Urucum

 O chá das folhas de Urucum possui propriedades expectorantes, limpa o muco acumulado e combate males como a asma, tosse e bronquite. Além disso, este chá regula os níveis de colesterol, trata hepatite, disenteria, febre, malária, edema, e reduz a pressão sanguínea.

 

  No uso externo, o chá de urucum pode ser utilizado nos casos de queimaduras, evitando a formação de bolhas.

 

 Receita do chá de Urucum

 

 Ingredientes:

 

10 folhas de urucum;

  1 litro de água.

 

 Modo de preparo:

 

 Coloque para ferver as 10 folhas da planta em 1 litro de água, por exatos 10 minutos. Divida o líquido em 3 partes, para serem consumidos pela manhã, à tarde à noite. Para tratar algum problema externo, faça a mesma receita e aplique topicamente, várias vezes ao dia.

 

 Para tratar hemorroidas, ferva 1 vagem seca em 1 xícara de água. A indicação de consumo da bebida é de pelo menos 3 vezes na semana, até quando for necessário.

Cultivo
Urucum
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Cultivando

 

Clima e Solo

 

 Tratando-se de uma planta tipicamente tropical, o seu cultivo pode ser realizado em diferentes regimes climáticos, porém, tanto a temperatura como a precipitação pluviométrica, poderão tornar-se fatores limitantes ao bom desenvolvimento da cultura. A planta desenvolve-se bem numa amplitude térmica entre 22 e 27 °C, sendo 25 ºC considerada como ideal. Algumas cultivares suportam temperaturas abaixo de 22 ºC, desde que não ocorra geada.

 O urucuzeiro tolera baixas precipitações pluviais, desde que bem distribuídas. No entanto, precipitações anuais bem distribuídas e superiores a 1.200 mm são ideais para o seu bom desenvolvimento. Por ser uma planta que apresenta os processos fisiológicos de vegetar, florescer e frutificar, praticamente, durante todo o ano, a ausência de chuvas, num período superior a três meses, poderá ser prejudicial a sua produtividade.

 A umidade relativa do ar ideal está em torno de 80%. Pode o urucuzeiro ser cultivado desde o nível do mar até altitude de 1.200 m, sendo a ideal entre 100 a 800 m. Nessa amplitude, têm-se obtido os teores mais elevados de bixina.

 Os ventos, quando frios e fortes, podem causar prejuízos, notadamente, na fase de formação da cultura, chegando a rasgar as folhas e, conseqüentemente, diminuir a eficiência fotossintética e retardar o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta.

 O urucuzeiro se adapta a diferentes tipos de solos, compreendendo desde a faixa litorânea, estendendo-se ao agreste, desde o Luvissolos Crômicos até Nitossolos Vermelhos Eutróficos, Neossolos Regolíticos Eutróficos Típicos e Latosol Vermelho Amarelo Eutróficos (Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 1999). No entanto, sua preferência recai sobre os solos mais férteis onde predomina relativa umidade, aliada a um clima ameno. Em solos compactados, o desenvolvimento vegetativo ocorre de forma lenta e os pantanosos são impróprios ao seu cultivo. É recomendável solos com boa drenagem, fertilidade variando de média a alta, pH entre 5,5 e 7,0, bons níveis de cálcio e magnésio e ausência de alumínio.

 

 Quanto à topografia, recomenda-se o plantio em áreas planas ou ligeiramente onduladas. Em solos declivosos, o plantio deve ser procedido recorrendo-se ao emprego de métodos conservacionistas como terraceamento, contorno e curva de nível, visando prevenir a erosão do solo e, conseqüentemente, maior retenção de umidade. Preparo do solo O preparo do solo para o cultivo do urucuzeiro consiste, basicamente, no roço, encoivaramento, queima, destoca, seguido de uma aração a aproximadamente 30 cm de profundidade, com duas gradagens leves e cruzadas.

 

 A calagem

 

 Deve ser procedida conforme os resultados da análise do solo, de 60 a 90 dias antes do plantio, para maior eficiência. Espaçamento Vários são os espaçamentos utilizados no cultivo do urucuzeiro, no entanto, a escolha do espaçamento ideal está relacionado com os fatores: cultivar, do tipo de solo e do sistema de cultivo sequeiro ou irrigado. Para um bom nível tecnológico, recomendam-se 6,0 m x 4,0 m (417 plantas/ha) e 6,0 m x 5,0 m (333 plantas/ha).

 

Plantio

 

 O plantio deve coincidir com o início do período chuvoso. Em regiões litorâneas, este período corresponde aos meses entre abril e julho. Em sistema de cultivo irrigado, recomenda-se o plantio durante todo o ano. Em área declivosa, orienta-se efetuar o plantio em curva de nível.

 

 Para solos arenosos, covas com dimensões de 0,40 x 0,40 x 0,40 m;

 Solos pesados ou compactados, covas com dimensões de 0,50 x 0,50 x 0,50 m são os recomendados.

 

Adubação

 

 Apesar do grande potencial que a cultura do urucuzeiro apresenta, muito pouco se sabe sobre o efeito da adubação, pois poucos são os trabalhos científicos que tratam desse assunto no país. São José & Rebouças (1991) relatam que até o momento, a literatura disponível recomenda o uso de fórmulas NPK, como 04-14-08, 03-20-20, 10-10-20, 20-20-00, dentre outros. Evidenciaram um desbalanceamento das fórmulas, especialmente a 20-20-00 onde o elemento exportado em maior quantidade pelo urucuzeiro é o potássio e pela fórmula em referência; este elemento não é adicionado ao solo e o nitrogênio aplicado em demasia poderá promover o crescimento vegetativo excessivo, em detrimento da produção. O urucuzeiro é uma planta que também responde muito bem a adubações orgânicas, devendo-se aplicar anualmente 10 a 20 litros de esterco de curral ou 5 litros de esterco de galinha por planta. Nas culturas de urucuzeiros tecnificadas, as adubações têm sido realizadas em duas a quatro vezes ao ano, sempre coincidindo com as chuvas para melhor aproveitamento dos nutrientes. No caso de realizar quatro adubações, deve-se procurar coincidir duas delas com o início do florescimento e as demais, durante o crescimento dos frutos e após a poda. Para solos fracos em fósforo, potássio e matéria orgânica, como ocorre na maioria dos solos brasileiros, tem sido utilizado de 300 a 1000 g por planta/ano de uma das fórmulas (NPK) 04-14-08, 11-30-17 ou 04-30-10 que são geralmente empregadas na adubação do urucuzeiro.

 

Tratos culturais

 

 As plantas daninhas concorrem com o urucuzeiro, notadamente, até os primeiros doze meses de implantado. Nesse período as capinas devem ser realizadas eliminando-se as ervas daninhas. Posteriormente, manter a projeção da copa livre de ervas daninhas e nas linhas e entrelinhas realizar roças periódicas. A poda é executada, visando facilitar a colheita futura. A poda drástica é realizada cortando os ramos até a altura de 0,80 m e 1,20 m.  Os ramos laterais são reduzidos também a distância entre 0,50 m e 1,00 m em relação ao tronco principal do urucuzeiro, enquanto que, a poda branda elimina somente os ramos do terço superior da planta (1,20 m a 1,50 m de altura).

Irrigação

 

 Embora o urucuzeiro seja considerado uma planta rústica, observam-se certas restrições quanto ao seu desenvolvimento vegetativo em regiões com estiagens prolongadas. Dentre as distintas técnicas agronômicas que proporcionam o aumento da produtividade e antecipação da floração, a irrigação desempenha papel importante, especialmente nas regiões áridas e semi-áridas (Silva & Duarte, 1980). A irrigação localizada, aplicada diretamente sobre a região radicular, em pequenas quantidades, com alta freqüência, mantém a umidade do solo na zona radicular, próxima à capacidade de campo. Dentre outras vantagens, esse sistema de irrigação apresenta bons resultados da adubação, maior eficiência no controle fitossanitário, não interferência nas práticas culturais, adaptação a diferentes tipos de solo e topografia (Bernardo, 1984). A utilização da irrigação, principalmente, em regiões com déficit hídrico, poderá proporcionar aumentos significativos na produtividade. Considerando as condições edafoclimáticas, a lâmina de água de irrigação indicada para o cultivo do urucuzeiro é 100 mm mensais.

 

 

Pragas e Doenças

 

 O controle de pragas e doenças deve ser feito logo após o seu aparecimento. Não sendo possível o controle biológico e/ou integrado e, considerando ainda não existir inseticidas registrados nos órgãos competentes para a cultura, realizar o combate após consultar um Engenheiro Agrônomo.

Colheita

 

 Nas condições do Nordeste e do Centro Sul do Brasil, a colheita do urucuzeiro é realizada aproximadamente aos 130 dias após a abertura da flor, quando se verifica ¾ das cápsulas secas. No Norte, esse período é reduzido para 60 a 80 dias. A maturação das cápsulas é dada pela mudança de cor quando passa do verde, amarelo ou vermelho para castanho ou marrom. Para a região Nordeste, a primeira colheita, a mais significativa, ocorre nos meses de junho e julho, enquanto que a segunda, conhecida como safrinha, realiza-se no período novembro a dezembro. A exceção do material vegetal Bico de Pato, que tem apresentado uma boa uniformidade na maturação de suas cápsulas, colhendo-se, praticamente, de uma única vez reduzindo, significativamente, os custos operacionais.

 

 Os demais acessos mais utilizados, Peruana paulista, Embrapa 1, Embrapa 2, Casca verde, Casca vermelha e Piave devem-se efetuar entre duas a três colheitas por safra. É de suma importância colher apenas as cápsulas que apresentem-se maduras e secas, uma vez que o porcentual elevado de umidade nas sementes contribuirá negativamente para a perda da qualidade das mesmas, assim como, o aparecimento de mofos. A tesoura de poda é imprescindível e na sua impossibilidade, o canivete ou faca, poderá substituí-la, tendo sempre o cuidado de cortar o pedúnculo mais próximo da cápsula.

 

 A operação posterior consistirá na secagem das cápsulas ao sol, tendo o cuidado para que as sementes não fiquem expostas ao calor, o que trará prejuízos na qualidade e quantidade de pigmentos.

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