Pindaúva Roxa ou Pindaíba
Duguetia aff. lanceolata
Pindaúva uma fruta exoticamente exótica
Frutífera nativa do Brasil, seus frutos são doces e suculentos, de sabor muito agradável. Podem ser consumidos in-natura, sucos, geleias, sorvetes e licores. Frutos de aparência incrível e de beleza única.
Árvore de médio porte, corre risco de extinção devido a dificuldade de propagação das mudas. É encontrada em estado nativo principalmente na região Sul e Sudeste.
Produz seus lindos frutos nos meses de Março a Maio. Gosta de solo úmido, e deve ser plantada a pleno sol ou meia sombra. Árvore de crescimento lento.
Uma ótima opção para ser utilizada em reflorestamentos de áreas degradadas. Planta indispensável em qualquer pomar de frutas nativas do Brasil.
Mudas desta espécie são comercializadas pela Ciprest. www.ciprest.com.br
Curiosidades sobre a Pindaúva:
A expressão "Estar na Pindaíba", quase todos já ouviram esta frase. Ela define uma dada situação, muitas vezes se referindo a uma pessoa, ou uma Empresa que está caindo, está despencando, falindo entre tantos outros sinônimos.
Provavelmente, esta frase vem desta fruta, pois para quem já colheu seus frutos na árvore, sabe o que ocorre, e se lembra deste termo.
É comum ver frutos lindos na copa da planta, porém quando estão bem maduros, com o mais leve toque, o fruto se desfaz e despenca.
Despenca em diversos pequenos gomos, que se desprendem de seu coração, pois a fruta é formada por muitos gomos, unidos em um centro. Quando maduros, eles se soltam, caindo espalhados ao solo. Qualquer vento ou toque é suficiente para o desprendimento.
Cultivando
Nome : Pindaúva roxa, “do tupi – ‘Pinda’ vara ou ripa e ‘Yba’ fruta isto é ‘árvore frutífera que dá ripas’”.
Também recebe os nomes: Pindaiba folha larga e Pindaúva preta.
Origem: espécie encontrada no mesmo habitat da Duguetia lanceolata, porém em baixíssima frequência. A abreviação aff. significa: que a planta é muito semelhante, mais com características distintas, podendo ser uma nova espécie ou variedade a ser classificada. OBSERVAÇÃO: descobri essa espécie a uns 10 anos atrás e na época pensei que era a mesma coisa que a Duguetia lanceolata mais trata-se de uma nova variedade ou até mesmo uma nova espécie.
Características: Descreverei aqui as características que a diferencia da espécie tipo (D. lanceolata): Árvore menor com 4 a 7 m de altura, com tronco de coloração castanho acinzentada. Folhas oblongas (mais longa que larga) medindo 9 a 15 cm de comprimento por 4 a 6 cm de largura, com base arredondada ou cuneada (forma de cunha) e ápice apiculado (com ponta muito curta) ou arredondado – veja diferenças na foto abaixo. Flores sempre solitárias, axilares ou em ramos maduros desfolhados com corola (involucro interno) sempre com quatro pétalas mais longas e de coloração mais clara. Os frutos são ligeiramente maiores, medindo de 7 a 11 cm de comprimento com gomos mais largos e polpa mais doce. A casca do fruto bem maduro é arroxeada ou até vermelho enegrecido. As sementes também são diferentes, sendo mais curtas e largas do que as da espécie tipo. Essas informações são suficientes para se realizar uma nova classificação.
Dicas para cultivo: Planta de lento crescimento, de clima subtropical, mais que pode adaptar-se a climas mais quentes. É muito resiste a secas e a geadas de até – 3 grau. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a solos vermelhos de drenagem rápida ou argilosos e ricos em matéria orgânica. A planta inicia a frutificação com 6 a 8 anos de cultivo.
Mudas: Sementes são dormentes se forem secas, conservando o poder germinativo por mais de 1 ano. Recomendo que as sementes sejam semeadas em jardineiras contendo o substrato rico em matéria orgânica, deixando em estufa onde mantenha umidade e calor. Dessa forma as sementes germinam em 40 a 90 dias. Quando as plântulas estiverem com 2 a 4 folhas devem ser transplantadas para sacos individuais contendo substrato feito de 50% de matéria orgânica e 50% de terra vermelha. Formar as mudas na sombra; assim vão atingir 30 cm com cerca de 12 a 15 meses. As mudas no campo crescem 30 cm por ano nos primeiros 2 anos após o plantio, depois crescem mais rapidamente.
Plantando: Pode ser plantada a pleno sol ou em reflorestamentos mistos para aproveitamento da madeira ou dos frutos que alimentam diversos pássaros. No pomar planta-se num espaçamento de 6 x 6 m, em covas de 50 cm nas três dimensões; adicionando aos 30 cm da superfície 6 kg de matéria orgânica bem curtida, 1 kg de cinzas, 300 g de calcário, misturar tudo e deixar curtir por 2 meses. O plantio deve ser feito a partir de outubro. Irrigar com 15 l de água por semana nos primeiros 3 meses se não chover. Convém cobrir a superfície da terra com capim seco ou serragem para manter a umidade.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar apenas as brotações na base do caule da muda a partir do 3 ano. A adubação até o terceiro ano dever ser apenas com 500 g de composto orgânico bem curtido distribuído superficialmente. A partir do 3 ano adubar com 4 kg de cama de frango bem curtida + 50 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 7ª ano.
Usos: Frutifica nos meses de março a maio. Os frutos dessa espécie tem melhor qualidade e também apresentam grande durabilidade depois de colhidas, permanecendo em ótimo estado por até 10 dias em ambiente sombreado e fresco. Diferente da espécie tipo, esta não solta brotações na base do tronco. Por ter porte menor essa nova variedade ou espécie é muito promissora para gerar renda para a agricultura familiar e a fruticultura em geral.
Pindaúva Roxa ou Pindaíba
Duguetia aff. lanceolata