top of page
Introdução
mangaba do cerrado

Mangaba
Hancornia speciosa

Os benefícios da mangaba para saúde são diversos 

Os Benefícios

 A Mangaba não é encontrada facilmente em todo o território brasileiro. A sua presença é mais comum nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, no norte de Minas Gerais e nos arredores da floresta Amazônica. O sabor doce característico do fruto da Mangabeira é acompanhado de um aroma delicioso. A carne é branca, geralmente macia e fibrosa. Além do sabor, a fruta oferece muitos benefícios ao organismo e é recomendada para um cardápio saudável.

 

 

 Deve ser consumida apenas quando estiver madura, quando atinge uma coloração amarelada com mistura de tons em vermelho. Possui um sabor e aroma bastante atrativos e característicos e todo o fruto pode ser utilizado, desde sua polpa até sua casca e folhas, além da raiz e dos troncos da árvore mangabeira. Todas as partes da planta podem ser aproveitadas para chá, sendo assim, sua folha e casca além dos talos da árvore podem ser utilizados para fins medicinais.

 

 Já seu fruto, além de ser consumido naturalmente, é muito utilizado pela indústria alimentícia para fabricação de sorvetes, geleias além de polpas e sucos.

mangaba do cerrado

Confira os benefícios da mangaba para a saúde:

 

   Para combater dores e infecções: Algumas partes da Mangabeira são usadas na medicina popular: a pele tem propriedades adstringentes, o látex é utilizado para contusões, inflamações, diarreia, tuberculose, úlceras e herpes. Uma infusão das folhas de Mangaba diminuem a dor menstrual.

 

  Pressão arterial: O chá de folhas da Mangaba pode ser usado no tratamento de pacientes hipertensos devido à ação que regula e mantém a pressão arterial em bons níveis.

 

 Para tratar resfriados: Por possuir altos índices de Vitamina C, a Mangaba pode ser utilizada para alivio dos sintomas de gripe e resfriado, além de auxiliar no aumento da imunidade.

 

  Para o coração: Pelo conjunto dos seus nutrientes, a Mangaba é ótima para manter nosso sistema cardiovascular funcionando corretamente, sendo assim um excelente protetor para o coração.

 

  Para visão: A Mangaba é rica em Vitamina A, a Vitamina A se relaciona amplamente à boa visão, sendo necessária aos olhos para reconhecer pequenas quantidades de luz. Além disso, a vitamina A protege os olhos dos constantes ataques dos radicais livres, de modo que degeneração dos olhos ao longo do envelhecimento se dá de modo mais lento.

 

  Para uma vida ativa: A Vitamina B1 é um dos princípios ativos encontrados na Mangaba, Um dos principais benefícios da vitamina B1 (tiamina) é o seu envolvimento na ativação do sistema de enzimas que auxiliam na oxidação do açúcar, a principal fonte de energia para o corpo humano.

Receita - Chá

  Para  o Sistema Imunológico: Outro nutriente que é encontrado em grande quantidade na Mangaba é a Vitamina C. O efeito mais conhecido da Vitamina C também não pode deixar de ser mencionado. Mesmo que a Vitamina C não seja uma substância mágica que previne totalmente doenças como a gripe, suas funções na manutenção de um sistema imunológico forte são importantíssimas.

 

  Para Combater a Anemia: O Ferro é um dos principais componentes da hemoglobina, e ele é encontrado em grande escala na Mangaba. A falta do mineral faz com que o organismo produza menos células vermelhas, o que irá caracterizar o quadro de anemia.

 

  Para o Emagrecimento: A Mangaba é uma fruta rica Em complexo B. As vitaminas do complexo B podem auxiliar no emagrecimento, por melhorar o organismo e, consequentemente, o metabolismo dos alimentos, fazendo com que o corpo gaste melhor os nutrientes e as possíveis reservas corporais.

 

  Para o Tratamento de Úlceras: As fibras encontradas na Mangaba ajudam a combater úlceras que são lesões na mucosa que podem acometer todo o trato gastrointestinal.  As refeições ricas em fibras alimentares insolúveis e solúveis possivelmente estimulam positivamente os fatores de proteção da mucosa e reduzem hormônios que estimulam a secreção gástrica (como a gastrina), potencialmente auxiliando em menores lesões na mucosa.

Chá de magaba!! Benefícios e propriedades

 

  Rica em vitamina C, a fruta possui ainda teor de proteína entre 1,3 e 3%, além de ser rica em ferro, cálcio, vitaminas A, B1 e B2. Seu uso é eficaz na regulação da pressão arterial, uma vez que possui ação vasodilatadora e, além disso, pode ser usada ainda para tratar gripes, problemas renais, cólicas menstruais, diabetes e colesterol alto. A infusão, feita com as cascas da mangaba, pode ser usada para curar problemas do fígado e do baço, além de icterícia. Possui ação anti-hipertensora, anti-ulcerogênica, digestiva e laxante.

 

Como consumir?

 

 O fruto pode ser consumido in natura, sempre maduro, além de ser usado para produzir geleias, compotas, licores, vinhos, sorvetes e outros alimentos. O leite da mangaba, fornecido pelo tronco e pelas folhas da mangabeira, possui também propriedades medicinais, usadas contra a tuberculose e úlcera. Pode ser consumida ainda na forma do chá das cascas.

 

Chá de mangaba, como preparar?

 

 O chá pode ser preparado com a proporção de duas colheres de sopa de casca de mangaba para cada meio litro de água. Coloque a água em um recipiente e leve ao fogo. Deixe ferver e, ao começar a borbulhar, adicione as cascas. Deixe no fogo por dez minutos, desligando em seguida. Tampe e deixe a mistura em repouso por mais dez minutos e coe. O ideal é consumir de duas a três xícaras por dia bem gelado.

 

  

 Uso medicinal:

 

 O tronco e as folhas da mangabeira ainda fornecem um látex conhecido como "leite da mangaba". Tal leite tem propriedades medicinais, sendo utilizado no combate a tuberculose e para o tratamento de úlceras e de osteoporose / recuperação de fraturas.

 Atenção !! Contraindicações:

 

  Não deve ser consumida verde.

 Quando verde, contém um suco leitoso que quase embriaga e pode matar.

 Esse leite venenoso é conhecido como manguaicy.

Cultivo
mangaba do cerrado

Cultivando

 

 Nome: MANGABA vem do tupi guarani e significa “Fruta boa de comer”. Também é popularmente conhecida como: Mangába, Mangava, Mangaua, Magaua, Manguba, Mangaiba e Fruta de doente.

 

 Origem: Na restinga, predominantemente em solos arenosos e de baixa fertilidade dos planaltos do interior do país ou na faixa litorânea quente e úmida do sul do estado do Rio Grande do Norte, passando por Piauí, Pernambuco e Paraíba onde ocorre a variedade H. S. pubescens. A variedade H. S. speciosa ocorre nos tabuleiros de arenito, passando pela Caatinga e chegando aos cerrados do estado do Espírito Santo, Bahia, Goiás, Tocantins, Maranhão, Alagoas, Pará e Amazonas, descendo a cerrados arenosos dos planaltos mais quentes e Chapadas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, norte do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fora do Brasil, ocorre no Peru, próximo à fronteira do Brasil, no nordeste da Bolívia, e no Paraguai.

 

 Características: Arbusto de até 60 cm em regiões pedregosas e áridas ou uma arvore de até de 4 a 7 m de altura, existindo raros exemplares de até 15 m de altura. A copa é ampla, com largura maior que a altura e o tronco é tortuoso, inclinado ou ligeiramente reto, com 15 a 30 cm de diâmetro; a casca é suberosa, mole, com 1 cm de espessura, a qual exsuda abundante látex quando ferida, esta tem coloração cinza escura ou grafite. As folhas são simples, opostas, com espaçamento uniforme, fixas por pecíolo (haste ou suporte) de 1  a 1,6 cm de comprimento, avermelhado e canelado. A lamina foliar é coriacea (tem consistência rija como couro), oblonga (mais longa que larga), estreitas ou lanceoladas (com forma de lança), glabras ou pubescentes (com pelos curtos) no dorso, medindo 3,5 a 10 cm de comprimento por 1,5 a 4,5 cm de largura.  A base é obtusa ou arredondada e o ápice é abruptamente acuminado ou arredondado. As flores surgem em dicásio (cacho cujo eixo termina em uma flor após formar dois ramos com 2 flores cada) terminal com 3 a 7 flores com 3 a 4,5 cm de comprimento. As flores são hermafroditas, actinomorfas (com vários planos passando pelo mesmo eixo), formadas por cálice (invólucro externo) com 5 sépalas ciliadas (como cílio) ou obtusa (arredondada) a depender da variedade. O fruto é uma baga globosa ou oblonga (mais longa que larga) com epicarpo (casca) membranácea de coloração verde amarelada ou verde rosada e até manchas ou estrias avermelhadas de 4 a 6 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, pesando em média 25 a 120 gramas.

 

 Dicas para cultivo: É planta de crescimento lento que aprecia clima tropical a subtropical com temperaturas medias entre 18 a 28 graus, suportando variação de -3 graus a 45 graus com período máximo de exposição de 8 horas. A planta ocorre principalmente em áreas abertas, em solo arenoso, ou pouco pedregoso e profundo, bem drenado com pH entre 5,5 a 7,0, ambientes desde o nível do mar até 1.500 m de altitude. A planta também pode desenvolver em solos com teores médios de argila e matéria orgânica. Aprecia um índice de umidade relativa do ar baixa, entre 20 a 60%, onde caiam 750 a 1.600 mm anuais de chuva; apesar disso, a planta resiste a períodos de secas superiores a 6 meses, embora não suporte solos encharcados.

 

 Mudas: A multiplicação da mangabeira é feita principalmente por sementes, embora seja um pouco difícil, a germinação de sementes frescas se dá em 20 a 40 dias; se forem retiradas de frutos maduros e limpas em água corrente para retirada completa da polpa que tem inibidores da germinação, e secas por no máximo um dia na sombra. É melhor plantar diretamente 3 sementes por saco plástico com as dimensões de 15 por 25 cm contendo o mesmo substrato acima, fazendo a seleção após 3 meses, deixando a planta mais vigorosa. Os sacos plantados deve, ficar a pleno sol e a irrigação deve ser feita apenas para umedecer o substrato que deve ser feito com uma mistura de 60% de areia branca de rio, com 40% de húmus de minhoca que possivelmente esteja isento de fungos que podem prejudicar gravemente a formação das mudas. As mudas atingem 20 a 30 cm com 9 a 12 meses de viveiro e começam a frutificar com 3 a 4 anos na região nordeste e com 6 a 8 anos no estado de São Paulo.

 

 Plantando: Sempre no início das chuvas, em covas que devem ter 40 cm nas três dimensões, e ser abertas no espaçamento de 5 x 5 m para a região sudeste e 7 x 7 m para regiões mais quentes. As covas devem ser preparadas com 3 meses de antecedência misturando 10 kg de composto orgânico bem curtido, com 200g de superfosfato simples e 50g de cloreto de potássio à terra dos 20 cm da superfície. Caso o solo não seja arenoso, faça uma cova maior, misturando à terra 50 % de areia de rio, juntamente com os componentes indicados acima. As plantas devem ser tutoradas para evitar que se entortem ou quebrem. Após o plantio irrigar com 10 a 15 l de água toda semana, se não chover nos primeiros 4 meses.

 

 Cultivando: A planta deve ser mantida sempre livre da concorrência de plantas daninhas. É importante o coroamento ao redor do tronco das plantas, bem como colocar cobertura morta (palha, capim, casca de coco etc) principalmente no primeiro período seco após o plantio, promovendo o efeito positivo no pegamento e sobrevivência de plantas jovens, além de contribuir para a redução da temperatura do solo ao redor da planta e preservar a umidade do solo por mais tempo. Visto que a planta é típica de solos com baixa fertilidade, o cultivo da mangabeira não exige muita adubação. Nos plantios comerciais do nordeste se usa adubação orgânica e mineral. A adubação química é feita com 50g de N-P-K 6-6-4 por planta. A poda de formação deve ser conduzida de maneira que permita a aeração e luminosidade no seu interior e melhorar o desenvolvimento dos ramos que produzirão flores e frutos.

 

 Usos: Frutifica nos meses de novembro a fevereiro. Os frutos são consumidos in-natura e são muito saborosos. Também podem ser utilizada na forma de sucos, geléias e sorvetes. A árvore não deve faltar em seu pomar de delicias e na arborização urbana, pois seus frutos atraem e alimentam dezenas de espécies de pássaros. A árvore tem grande importância ecológica para alimentação de animais silvestres e as flores são aromáticas, deixando qualquer ambiente agradável.

Mangaba
Hancornia speciosa
bottom of page