Graviola
Annona muricata
Graviola, a fruta que cura!
Apesar de estar aqui há muito tempo e ser popular nas regiões norte e nordeste do país, somente nos últimos anos tornou-se mais conhecida entre os brasileiros dos estados do Centro-Sul. Da família da Annonaceae, a mesma da fruta-do-conde, da cherimoia, da biribá, entre outras, a graviola (Annona muricata L.) foi trazida para cá pelos colonizadores portugueses no século XIV, embora deva ser dado aos exploradores espanhóis o crédito pela disseminação da planta pelas áreas tropicais do planeta.
Confira os benefícios da Graviola
Rica em fibras : Em adição aos componentes nutricionais, anona é também um fruto muito rica em componentes não nutritivos. Um deles é a grande quantidade de fibras, boa para a saúde digestivo.
Previne a osteoporose : Graviola contém fósforo e cálcio, bom para os ossos.
Curar muitas doenças : Tome suco da fruta graviola duas vezes por dia, pode ajudar a superar a doença renal, problemas de fígado, infecção urinária e hematúria.
Prevenção de infecções bacterianas : A parte comestível do fruto, se aplicado a qualquer corte irá acelerar o processo de cicatrização e prevenir a infecção bacteriana.
Melhora Sistema Digestivo : Na América do Sul e no Caribe costumam tratar doenças como a diarreia e a disenteria com a Graviola, já que as folhas da planta supostamente ajudam a matar parasitas e vermes. Além disso, suco de Graviola também é consumido com a mesma finalidade.
Para Combate a Depressão : Acredita-se que os alcaloides da Graviola podem reduzir os sintomas da depressão por captação do cérebro, reduzindo os níveis de serotonina. A serotonina regula o humor e emoções como a felicidade e a tristeza. A investigação sobre os alcaloides da Graviola indica, contudo, que esses compostos químicos podem causar efeitos adversos no sistema nervoso e, ainda, doenças como o Mal de Parkinson.
Perca de peso : As propriedades da graviola, como a proporção de importantes nutrientes para o organismo contribui para o aceleramento do metabolismo, e assim na queima de gorduras. Além disso, ajuda a combater a retenção líquida e inchaço.
Reduz a pressão arterial : A graviola é uma excelente opção para ajudar na pressão arterial, pois possuí uma quantidade considerada de potássio, que ajuda na circulação sanguínea e reduz a pressão arterial.
Prevenção do câncer: Graviola ajuda a diminuir os níveis dos receptores de crescimento epidérmico, portanto, impede o desenvolvimento de células cancerígenas. Ele também contém acetogeninas que são compostos anti-cancerígenos e ajuda na inibição de nicotinamida, adenina e oxidase de células cancerígenas.
Para pele: Graviola tem excelente benefício para a pele, por ser rico em vitamina C que ajuda na eliminação de toxinas do corpo, com isso, ajuda a pele a ficar mais macia e suave. Ela também tem propriedades anti-inflamatórias e pode ajudar a reduzir a acne e furúnculos devido a propriedades anti-bacterianas. Graviola também é rica em polifenóis, saponinas e flavonoides, que são antioxidantes. Estes antioxidantes inibem os danos dos radicais livres e prevenir os primeiros sinais de envelhecimento, rugas e pigmentação. Eczema podem ser evitados através da aplicação das folhas nas áreas afetadas.
Flor da Graviola
Cultivando
Sua origem, no entanto, é a América Central e os vales peruanos, com destaque para a produção da Venezuela, a maior entre os países da América do Sul. Por aqui, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Pará sobressaem no cultivo tradicional, tendo o oeste do estado de São Paulo como uma área que vem ganhando mais espaço no plantio da gravioleira na última década.
O fruto pode chegar a dez quilos, como a variedade morada, que apresenta rendimento de 40 quilos de polpa por ano no auge da produção – aos seis anos de idade. Crioula, lisa e blanca são outras opções com bom desenvolvimento. Sítios e chácaras são locais onde a planta pode ser cultivada, como também em pomares caseiros.
Entre as principais pragas que atacam a gravioleira destacam-se a broca-do-fruto, a broca-do-tronco e a broca-da-semente. A antracnose é a doença fúngica que mais afeta a planta. Quando a fruteira estiver infectada por insetos ou doenças, o mais indicado é consultar um profissional habilitado para obter as orientações de controle se necessárias.
Solo: com textura leve, profundo, bem drenado e arejado;
Clima: temperaturas entre 21 ºC e 30 ºC;
Área mínima: pode ser plantada em pomares caseiros;
Colheita: 12 meses após a enxertia ou de cinco a seis meses depois da abertura floral.
Início: Mudas enxertadas de gravioleira dão um pomar mais homogêneo. Procure por um viveirista com referência, para assegurar a qualidade da planta. O melhor pegamento das mudas ocorre nos meses com maior incidência de chuva, o que ainda contribui para reduzir custos, tendo em vista a menor necessidade de irrigação.
Ambiente: Regiões tropicais e subtropicais, com temperaturas entre 21 e 30 graus célsius (oC) são adequadas para o bom desenvolvimento da gravioleira. A planta não tolera locais frios, mudanças bruscas de clima e muito menos geadas.
Plantio: Embora aceite qualquer tipo de solo, devido a seu sistema radicular desenvolvido, a planta prefere os de textura leve, profundos, bem drenados e arejados. Os melhores resultados no cultivo da graviola são obtidos em solos com elevados teores de materia orgânica e acidez corrigida.
Espaçamento: Recomendam-se espaçamentos de 4 x 4 metros a 8 x 8 metros, o que depende de uma série de fatores, como solo, nível de tecnologia aplicada (mecanização, condução da planta, poda, por exemplo), topografia, condições climáticas, entre outros. Em geral, o tamanho das covas é de 60 x 60 x 60 centímetros. Elas devem ser feitas, no mínimo, 30 dias antes do plantio das mudas.
Consórcio: Até a produção plena, pode-se levar de quatro a cinco anos. Nesse período, no entanto, é possível cultivar outras plantas, em sistema intercalado, para garantir alguma renda na área. Algumas sugestões são hortaliças, feijão e frutas como maracujá, mamão e abacaxi.
Produção: Após 12 meses da enxertia, pode ser iniciada a florescência da gravioleira. Porém, a recomendação é que sejam eliminados os primeiros frutos, com o objetivo de preservar o vigor da muda por mais tempo. As graviolas podem ser colhidas manualmente, mas com cuidado. Se destacadas da planta ainda verdes, as frutas ficam ácidas e amargas. Quando muito maduras, podem ter sido bicadas por aves ou atacadas por insetos, além de ficarem mais vulneráveis a danos no manuseio e transporte. Uma dica é apanhar as graviolas na fase em que a cor da casca passa do verde-escuro para o verde-claro e as espículas (saliências da casca) quebram facilmente.
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Annona muricata