Gravatá
ou
Caraguatá
BROMELIA ANTIACANTHA
Foto Frutiferas.com.br
Fruta Gravatá onde encontrar?
A planta é conhecida popularmente por vários nomes tais como gravá, caruá, croatá, caraguatá, caroá e coroatá; utilizada na medicina popular, na culinária e na preparação de variados artesanatos.
O Gravatá é bem resistente à diversidade de temperatura, solo e estiagem. Possui ciclo perene, poucas folhas espinhosas, que remetem ao abacaxi e flores em tons avermelhados que chamam atenção pelo colorido e beleza. Elas são repletas de néctar e atraem muitos beija-flores um de seus polinizadores. Produz frutos arredondados em belos cachos, de cor amarela quando amadurecem, de sabor agradável e polpa suculenta. Eles são comestíveis e amplamente utilizados na medicina popular. A planta propaga-se pelas sementes ou pela separação de brotos.
As folhas da planta fornecem fibra para a confecção de barbantes, linhas de pesca, tecidos, cestos, esteiras, sandálias e chapéus; além de outras peças artesanais e decorativas, que geram renda para famílias da caatinga que tiram sustento da exótica planta.
Propriedades do Gravatá
A planta apresenta várias propriedades terapêuticas tais como anti-inflamatória, expectorante, diurética, enérgica e tônica. Ele é usado na medicina popular para alívio de doenças respiratórias tais como tosses, bronquites e também para úlceras.
Ele é utilizado na medicina popular, em forma de xarope e chá; na fabricação de artesanatos e variados utensílios; na culinária para preparação de licores e sucos.
O fruto pode ser assado, ingerido com mel; ou em forma de xarope, preparado com açúcar e água.
A planta pode ser usada para finalidades ornamentais, pois suas flores são muito belas e os cachos dos frutos chamam atenção pelo belo formato.
O gravatá pode ser usado com carnes e em gelatinas, sorvetes, refrescos ou até comido ao natural;
Foto Frutiferas.com.br
Utilidades:
Alimentício: Os frutos, apesar de ácidos e possuírem um certo "travo" na garganta, podem ser consumidos, mas o ideal é usá-los no preparo de doces, como geleias e sorvetes, ou sucos.
Medicinal: Os indígenas utilizavam os frutos cozidos para fazer um xarope com propriedades contra a tosse e emoliente; o fruto cozido também é utilizado na medicina popular contra bronquites, asmas, diabetes e escorbuto, assim como purgativos, diuréticos, vermífugos, para tratar ancilostomíase, bem como para eliminar pedras nos rins, para o tratamento da icterícia e hidropsia (edema) e até abortivos, gestantes devem evitar o consumo; os frutos e folhas possuem atividade antibacteriana, em especial contra bactérias gram-positivas.
Ornamental: Para quintais grandes e espaçosos, é uma boa alternativa, pois a planta pode alcançar porte considerável, possui muitos espinhos, porém as inflorescências são majestosas e os frutos muito saborosos.
Outros: Usada como cerca-viva em propriedades rurais, assim como utilizada na extração de fibras para confecção de cordas.
Fruto do Gravatá
Flor do Gravatá
Receita - XAROPE DE GRAVATÁ
Conhecido também como caraguatá ou banana de macaco, é uma espécie do cerrado que espalhou pelo pantanal, litoral e nossa mata atlântica devido sua facilidade de multiplicação e cultivo, podendo viver em ambientes de sombra ou temperaturas extremas sem grandes exigências de solo. É uma planta muito utilizada como cerca viva e produz um fruto conhecido popularmente por suas propriedades medicinais expectorantes, diuréticas, energéticas e tônicas que ajudam no tratamento de problemas no aparelho respiratório, asma, bronquite, pneumonia, coqueluche, doenças do aparelho urinário e tosses.
Com as instruções abaixo, você aprenderá a fazer um xarope com os frutos do caraguatá e o guaco. A combinação é indicada para quem sofre com a tosse seca (sem produção de catarro), pois tem ação expectorante e emoliente. Além dos ingredientes, você vai precisar de um vidro escuro para armazenar o xarope.
Você vai precisar de:
1 kg de açúcar mascavo
1 litro de água
10 frutos de caraguatá
5 folhas de guaco
Modo de Preparo:
Para fazer o xarope, junte o açúcar mascavo com a água em uma panela e leve ao fogo – você também poderá usar a mesma quantidade de rapadura ou açúcar cristal em vez do açúcar mascavo. Depois acrescente os frutos do caraguatá cortados e as folhas do guaco e mantenha em cozimento por aproximadamente 1 minuto. Deixe decoctar por mais 3 min. Coe o xarope, espere esfriar e guarde em um vidro escuro com tampa. Coloque um rótulo para se lembrar da data em que ele foi preparado e armazene em local fresco.
Posologia
Tomar 1 colher (sopa) de xarope de caraguatá 3 vezes ao dia. Se o tratamento for usado por uma criança, é preciso reduzir essa dose pela metade.
Precauções
Se você é diabético, evite fazer uso desse ou qualquer outro xarope que contenha açúcar. Prefira os chás, que também são benéficos e não aumentam a glicose;
O xarope dura até 6 meses se for guardado adequadamente. Use um vidro esterilizado, tampe bem e deixe-o sempre em lugar arejado e à sombra;
Os idosos, assim como as crianças, devem tomar somente meia dose do xarope, já que têm o organismo mais sensível.
Gestantes devem evitar o consumo.
Cultivando
Nome e significado: Caraguatá vem do tupi-guarani e significa “erva da folha fibrosa
e a seqüência de vários 'A' indica que os frutos são comestíveis. Também chamada
de Caraguatá do Campo ou Gravatá do cerrado.
Origem: Encontrada nos cerrados de campo e matas de transição do centro do Brasil até o sul.
Características: Planta terrestre formando densa touceiras com até 1 a 1,60 m de altura . As folhas são dispostas em rosetas (nascem a partir de um eixo em espiral), são verdes escuras e a base da folha é sempre avermelhada sendo muito fácil identificar essa espécie. Essa característica fica ainda mais evidente na época da floração. As folhas medem 80 a 185 cm de comprimento por 2,3 a 4 cm de largura, são caniculadas (como calha) e tem a margem serrilhada espinhos castanhos escuros retrosos (com ponta voltada para baixo) na base e antrosos (com ponta voltada para o ápice) na ponta. As flores nascem em cimeiras (tipo de cacho que termina com uma flor) com muitas brácteas (tipo de folha modificada) de proteção, com coloração brancacenta. As flores individuais medem 4 a 6 cm de comprimento, e tem coloração rosa com as margens esbranquiçadas. Os frutos são bagas arredondadas meio triangular no comprimento, medindo de 3,5 a 6,5 cm de comprimento por 3,2 a 5 cm de largura.
Dicas para cultivo: Planta rústica e prolifera de fácil cultivo. Gosta de solos bem drenados, de consistência arenosa, rasos ou profundos. Pode ser cultivada no sol ou na sombra e prefere solos ácidos, com pH entre 4,6 a 5,9. Essa espécie é resistente a geadas de até -3 graus, também é muito resistente a secas.
Mudas: A planta adulta solta diversos estolões ou rebentos que podem ser usados como mudas assim que soltarem raiz; só então podem ser separados da planta mãe. As sementes que germinam em 40 a 60 dias se plantadas em substrato feito de 40% de terra de horta, 30% de folhas moídas e se decompondo e 30% de areia. As plântulas crescem lentamente atingindo 20 cm com 15 meses de vida. As mudas tiradas da touceira começam a frutificar com 2 anos, e as formadas de sementes levam 6 a 8 anos para produzir.
Plantando: Recomendo que seja plantada em pleno sol ou na borda de mata onde pegue o sol da manhã. Plantar num espaçamento 60 cm x 60 cm entre plantas. Fazer covas com 40 cm de largura, profundidade e comprimento e misturar a terra 30% de areia, 40% de folhas apodrecidas e 30% de esterco de curral bem curtido. Melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover.
Cultivando: A planta cresce rápido e não necessita de cuidados especiais. A Adubação deve ser feita apenas com o amontoamento de folhas e capim cortado por volta da planta. Nunca plante essa espécie em local próximo de casa ou onde circulam as pessoas, pois seus espinhos são dolorosos.
Usos: Frutifica em maio a julho. Os frutos são grandes a depender da variedade podem ser doces ou ácidos. A variedade de frutos grandes e doces é muito boa para o consumo in-natura; enquanto que a variedade comum é mais usada no preparo de xaropes para gripe.